2 Coríntios
2° Carta de Paulo aos Coríntios – Estudo Bíblico
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; (2 Coríntios 1:3).
São muitas as diferenças que encontramos entre 1 Coríntios e 2 Coríntios. Mas a principal que gosto de destacar é essa:
- 1 Coríntios trata dos problemas da igreja.
- 2 Coríntios trata dos problemas do Apóstolo Paulo.
Essa carta foi escrita na terceira viagem missionária do apóstolo Paulo por volta do ano 56 d.C. Quando ele estava saindo de Éfeso e indo em direção a Macedônia, recebeu notícias de Tito, sobre a carta anterior que surtiu um bom efeito na igreja. (At 20;1-2. 2 Co 7;5-6).
O motivo mais forte que levou Paulo a escrever essa carta, foi para defender seu chamado e autoridade apostólica. Ele faz referências a isso durante toda a carta, e defende com força total nos capítulos finais a sua autoridade.
- 2Co 1:1 ao 2:11. Paulo justifica sua conduta.
- 2Co 2:12 ao 7:16. Paulo defende sua vocação.
- 2Co 8:1 ao 9:15. Paulo fala sobre ofertas.
- 2Co 10:1 ao 13:13. Paulo defende sua autoridade apostólica.
Outros motivos da escrita da carta são para consolar os irmãos, compartilhar seus sofrimentos, falar do ministério da reconciliação, agradecer pelas ofertas e pedir que continuem a generosidade.
No capítulo 1, Paulo consola os irmãos, ensinando sobre a importância de sermos consolados para consolar. E também explica porque demora em ir ver os irmãos de Corinto.
No capítulo 2, Paulo fala sobre o perdão de um irmão, exorta a igreja a perdoar e menciona que alguns estão mercadejando a palavra de Deus, isto é, provavelmente por parte dos falsos apóstolos.
No capítulo 3, Paulo trata da excelência do ministério da nova aliança, mostrando a diferença entre elas. A antiga aliança mata, mas a nova aliança vivifica. E que até hoje um véu esta posto sobre os corações dos judeus que não conseguem ver a glória de Cristo nas escrituras sagradas.
No capítulo 4, Paulo fala da fidelidade do seu ministério, é o início da sua defesa contra os falsos apóstolos que estavam em corinto, além de pregarem heresias, estavam difamando a Paulo.
No capítulo 5, Paulo continua falando do seu zelo para com a pregação, o ensino, e a igreja do Senhor. E dá início ao sermão do ministério da reconciliação que continua no capítulo 6.
No capítulo 6, falando de reconciliação, também continua a defesa de seu ministério, dando exemplos práticos do que é ser um ministro de Cristo. E é muito lindo ser um ministro de Cristo, tanto que faço questão de repetir as palavras de Paulo aqui, veja o que é ser um ministro:
Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,
Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,
Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros;
Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos;
Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo. (2 Coríntios 6:4-10).
Que um dia eu possa ser um verdadeiro ministro do Senhor.
No capítulo 7, Paulo fala do seu amor e alegria para com a igreja, menciona que a tristeza causada, por outra carta enviada anteriormente, na igreja foi boa, pois foi segundo Deus e gerou arrependimento nos irmãos.
No capítulo 8, Paulo fala das ofertas. Fala do exemplo das igrejas da Macedônia, de enviar Tito junto a um outro irmão que será tesoureiro, encarregado desse ministério de coletar ofertas para ajudar os irmãos da Judéia. E que o objetivo da oferta é a igualdade. (2Co 8:14,15).
No capítulo 9 o assunto é ainda sobre ofertas, Paulo esta pedindo que os irmãos não cessem de ofertar, dá algumas instruções sobre a coleta e muitos incentivos. É aqui que Paulo diz: “O que semeia muito colhe muito, o que semeia pouco colhe pouco” (2Co 9:6).
No capítulo 10, Paulo muda o tom de escrita, sendo agora mais enérgico em suas palavras. Pois ele começa a defender sua autoridade apostólica, em detrimento dos falsos apóstolos que estavam difamando-o em corinto.
Aqui temos uma afirmação interessante de Paulo, ele fala que como pregador, existe um limite de espaço para pregar, designado por Deus a cada um segundo seu chamado. (2Co 10:13-17).
No capítulo 11, Paulo exorta que a igreja não pode receber mensagem de outro Jesus ou de outro evangelho além do que já foi anunciado entre eles. E então ele defende que seu ministério não trouxe nenhum custo financeiro a igreja, mas que ele foi sustentado por igrejas de fora, pra então poder pregar aos coríntios. Enquanto que os falsos apóstolos estão despojando a igreja.
A forma como Paulo defende a autoridade de seu ministério apostólico, não é com cartas de recomendação, mas sim com a demonstração prática de quem tem, literalmente, as marcas de Jesus Cristo no seu corpo. (2Co 11:24-27).
No capítulo 12, Paulo conta seu testemunho pessoal, o que confirma seus ensinos, seu chamado, sua autoridade. Pois ele subiu até o paraíso, viu e ouviu. Em outras palavras, não aprendi aos pés de Gamaliel, mas sim aos pés de Cristo, literalmente.
No capítulo 13, Paulo garante que fará uma terceira visita, e ao chegar, irá confirmar tudo em juízo perante todos, até com testemunhas. É como dizer que as cartas serão postas a mesa e toda fofoca irá cair por terra.
Por fim ele traz saudações finais e a bênção apostólica.
Essa carta traz muitos detalhes dos sofrimentos e experiências de Paulo que não estão no livro de Atos. Possibilitando a nós ensinos maravilhosos.