A importância do Dízimo
O que você acha que é o dízimo? Vamos entender isso na prática.
Nessa passagem, Jacó esta prometendo o dízimo a Deus em troca do favor do Senhor sobre ele.
Este pedido que Jacó esta fazendo não é aleatório. O que ele quer é a bênção de Abraão e Isaque sobre sua vida também. (Gn 12:1-3. 26:3,4).
Porque Jacó sabia que seus pais Abraão e Isaque prosperaram em lugar que ninguém prospera, no deserto, e isto porque tinham Deus. E é com este Deus que Jacó quer andar.
Jacó sabia que já tinha a primogenitura que comprou de seu irmão (Gn 25:27-34). E também já tinha sido abençoado por seu pai como primogênito (Gn 27).
E isto significa que a bênção de Abraão que passou para Isaque, deveria passar para Jacó agora, ao invés de Esaú. E colocando sua fé em ação crendo que a bênção esta consigo, ele torna oficial seu compromisso com o Deus de Abraão.
Isto é, recebendo-o como Senhor de sua vida e assumindo a responsabilidade de ser dizimista fiel.
Veja que ele diz: “Se Deus for comigo… Então o SENHOR será o meu Deus… de tudo te darei o dízimo”. (Gn 28:20-22).
A pergunta é: Quem ensinou a Jacó que Deus recebe dízimo? Certamente ele aprendeu com seu pai Isaque e este com Abraão e este com Deus devido seu alto nível de intimidade com o Senhor. (Gn 18:17. Is 41:8. Tg 2:23).
Jacó sabe que dízimo é algo que agrada a Deus. E não somente isto, Jacó sabe que ser fiel no dízimo é algo valioso diante de Deus, e é por isso, que Jacó se atreve a fazer um voto pedindo bênçãos e prometendo o dízimo.
Quem é que pediria algo de valor para Deus e em troca lhe ofereceria algo sem valor? Portanto, o que Jacó ofereceu tem muito valor, não os 10% em si, mas a fidelidade.
É a nossa fidelidade que tem valor para Deus. (Lc 16:10-12. 1Co 4:2. Pv 28:20. 10:22). Assim também como o nosso desapego ao dinheiro é agradável ao Senhor (Mt 6:24. Lc 12:15. Pv 11:28. 22:1. Sl 128:1,2. 1Tm 6:10).
Desde o Gênesis 14:20 percebemos que existe uma bênção valiosa para quem é dizimista. Mas isto é melhor explicado pelo profeta Malaquias que diz:
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
(Malaquias 3:10)
O que significa abrir as janelas do céu?
Abrir as janelas do céu é mandar chuva sobre a terra. Pois eles plantavam para colher, por isto dependiam da chuva, pois sem ela, todo o trabalho seria perdido, prejuízo sobre prejuízo.
E essa chuva é bênção para nós hoje (Ez 34:26. Hb 6:7). Pois tudo que vem do céu, é providência de Deus. Logo o dizimista tem garantido a providência do Senhor.
E a providência de Deus vem ao seu tempo. Não quando o homem quer, mas sim quando Ele precisa. Pois quem de nós controla a chuva? Assim também é impossível controlar quando virá a bênção do Senhor.
E não somente isto, mas Jesus também foi dizimista. Pois todas as tribos pagam dízimos à tribo de Levi. (Nm 18:21). E Jesus sendo da tribo de Judá, certamente era dizimista, e por isso tinha moral para repreender aqueles que não devolvem o dízimo dignamente. (Mt 23:23).
E não somente isto, mas todo sumo sacerdote recebe dízimos (Ne 10:38. Nm 18:28). E Jesus se tornou o nosso sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110:4. Hb 7:17).
No novo testamento o autor aos Hebreus, mostra que a graça é melhor do que a lei, e principalmente o sacerdote da graça é superior ao sacerdote da lei.
Porque ambos recebem dízimos, tanto o da lei quanto o da graça. Mas a diferença é que o sacerdote da lei morre, porém o sacerdote da graça vive para sempre. (Hb 7:1-9).
Dessa forma, o dízimo começa no antigo testamento e continua no novo testamento. No antigo testamento se davam dízimos a Deus, como Jacó prometeu fazê-lo. Porém, no novo testamento devolvemos dízimo ao filho de Deus, Jesus Cristo, nosso sacerdote eterno no céu.
Pois se Melquisedeque recebeu dízimo de nosso pai na fé que é Abraão (Gn 14:20), sendo Jesus sacerdote da mesma ordem, também recebe dízimo dos filhos de Abraão que somos nós. (Gl 3:9).
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