Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança, este é o tema da lição que estudaremos está semana.
O autor aos Hebreus usa sua argumentação a respeito do sacerdocio e do sacrificio de Cristo.
Ele reserva toda a seção do capitulo 10:1-18, para lembrar, reforçar e concluír os argumentos que antes eram expostos sobre a eficiência da obra expiatória de Jesus.
Depois ele destaca vários privilégios desfrutados pelos crentes graças a superioridade da Nova Aliança, tais como o acesso direto a Deus, graça e mediação de Cristo Cristo.
Mas ao mesmo tempo que destaca as benções, o autor também chama a atenção para as responsabilidades que vem delas.
I – A Dádiva da Nova Aliança
1. Uma Única Oferta.
O Antigo Testamento destaca centenas de sacrifícios que eram realizados todos os anos no culto judaico.
Era impressionante a quantidade de animais mortos nessas celebrações. Estudiosos e especialistas da cultura e na língua Judaica afirmam
Que em determinadas situações os filhos de Arão (Nadabe e Abiu) se gabavam de ficar cobertos de sangue sacrificial até os tornozelos.
No livro guerras Judaicas o historiador Flávio Josefo fala em centenas de milhares de sacrifícios,
Mas para o autor aos Hebreus esses sacrifícios não passam de uma sombra da qual Cristo era a realidade (Hb 10:1).
“Enquanto que Cristo com apenas um sacrifício realizou a obra da redenção.”
2. Um Único Ofertante.
A oferta, como o ofertante foram um único. Como já havíamos falado antes, o autor destaca Cristo como sacerdote e rei.
Esta é a diferença entre: sistema sacerdotal entre leviticalismo e o do cristianismo.
À semelhança com Melquisedeque, Cristo não apenas deixa oficializado como sacerdote, mas também governa como rei.
Depois de fazer a purificação do pecado do povo com seu próprio sangue, Ele agora como rei assentou-se a direita de Deus (Hb 1:3).
3. Uma Única Vez.
Uma única oferta, uma única vez, por um único sumo sacerdote (Hb 10:10)!
O autor aos Hebreus destaca como ponto único o caráter do sacrifício de Cristo. Em quanto os sacrifícios da Antiga Aliança precisavam ser constantemente repetidos,
O sacrifício de Cristo, foi feito uma única vez em favor de todos. Isso nos deixa claro, sem sombras de dúvidas,
que os sacrifícios de animais eram imperfeitos e jamais poderiam aperfeiçoar alguém e por outro lado o sangue de Jesus Cristo, pode satisfazer a justiça de Deus.
II – Os Privilégios da Nova Aliança
1. Regeneração.
No capitulo 8 o autor mostra a diferença da antiga e da Nova aliança considerando o contraste em seu aspecto cerimonial e ritual.
Os muitos sacrifícios e rituais que não podiam causar mudança interna. A grandeza da Nova Aliança
Está na mudança interna que ela produz no coração (Hb 10:16), em outras palavras o apóstolo Paulo diz a mesma coisa em (Rm 2:29).
2. Adoração.
A Adoração na antiga aliança era imperfeita, porque poucos tinham acesso à presença de Deus. O povo era representado pelos sacerdotes.
Na Nova Aliança o próprio crente tem acesso ao lugar santíssimo por intermédio de Jesus Cristo, o perfeito Sumo sacerdote (Hb 10:19).
A única atitude necessária, é de chegarmos a Deus “com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10:22).
3. Comunhão.
O autor de Hebreus tem o conceito da igreja como o corpo de Cristo. A igreja só passou a existir depois do calvário,
Embora antes os antigos povos formavam uma “congregação no deserto”, não era igreja no sentido Hebreus
Sem comunhão, sem congregação, não há igreja. É impossível ser crentes sozinhos , isolados assim como é importantíssimo
Para a saúde espiritual do crente desfrutar da perfeita comunhão com Deus e com os irmãos.
III – As Responsábilidades da Nova Aliança
1. Vigilância.
O autor aos hebreus faz um duro tom de exortação nos cap. 2 e 6. Com certeza que ele acreditava que o crente poderia decair da graça.
Em primeiro ele aconselha o crente a se firmar na fé (Hb 10:23). Outra duas vezes o autor já havia falado a palavra “reter”.
Essa palavra é usada no evangelho de Lucas, para os que “retêm a palavra”, para não se desviar dela.
Esse apego do autor era justificado segundo a pergunta feita por ele em (Hb 10:29):
“Quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”
3. Confiança.
O autor aos Hebreus tenta animar os crentes, mencionando o histórico de vida deles. Lembrando que eles tinham experimentado sofrimento, abandono, mas,
Mesmo assim permaneceram firme, dai o questionamento do autor, Porque eles estavam perdendo a confiança?
Quando o crente perde a capacidade de confiar em Deus, ele perde a motivação pelas coisas celestiais “O céu é para quem tem esperança”.
3. Perseverança.
O autor acaba o capítulo mostrando que na jornada o crente deve ter paciência (Hb 10:36),
Essa palavra “paciência” e “perseverança “que no grego se escreve “hypomoné” aparece 32 vezes no Novo Testamento.
CONCLUSÃO
No final desta lição podemos observar que o autor esgota o assunto em torno do Sacerdócio de Cristo,
comparando detalhadamente as duas alianças, para mostrar a superioridade da Nova Aliança em relação a antiga.
Com tudo o cristão não deve se acomodar e nem negligenciar a Nova Aliança, abusando da graça e do poder de Deus, ao invés disso o cristão deve demostrar vigilância e perseverança no caminhar com Cristo.