Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. (Malaquias 3:10)
Dízimos são para Hoje?
Dízimos são para hoje? Essa é a dúvida de muitos, por causa dos liberais (atuais saduceus), que pregam dizendo que dízimos não são mais para hoje.
A pergunta é: A bíblia tem autoridade? Por que a bíblia teria autoridade em todos os profetas exceto Malaquias?
É normal aceitar o profeta quando ele abençoa ou aponta o erro dos outros, assim como é normal rejeitar e até odiar o profeta quando ele fala do seu erro. Malaquias é o profeta que esta engasgado na garganta de muitos liberais.
Ora, quando o profeta acusa o pecado dos outros, gritamos: Fala Deus! Mas quando ele acusa você de ser tão avarento ao ponto de roubar a Deus nos dízimos e ofertas, então você procura desculpas para dizer que tem razão em reter o dízimo?
Dizem: O dízimo é da lei. Ora, não é a oferta também da lei? Então por que rejeita só o dízimo?
É porque na oferta é fácil roubar a Deus ofertando sobras (Mc 12:44), mas no dízimo tem um número estipulado, 10% é alto demais para quem não honra ao Senhor, mas baixo demais para quem lhe deve a vida que foi salva na cruz. (1Co 9:11).
Dizem: O novo testamento não fala de dízimo. Ora, a bíblia quase toda não fala de dízimo, porque a prioridade é salvação, mas quando o povo estava passando dos limites no dízimo, Deus levanta Malaquias para denunciar. (Ml 3:7-10).
E o novo testamento fala sim de dízimos (Hb 7), e fala melhor do que qualquer outro texto. Como diz:
E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. (Hebreus 7:8).
Aqui, fala do sacerdócio levítico, na lei. Mas quando diz ali, fala do sacerdócio superior de Melquisedeque, que é o de Cristo, o sacerdócio da graça, dada aos gentios. Ou seja:
Aqui, na lei, homens que morrem recebem dízimos, os sacerdotes, no plural, “homens”. Mas ali, na graça, um só homem, um só sacerdote, o Senhor Jesus. E o autor explica tudo isso a partir de Abraão e Melquisedeque. (Hb 7:1).
Embora Abraão e Melquisedeque sejam antes da lei de Moisés, ele não deixa de mencionar a lei, pois ela tem valor em toda a bíblia sagrada, e tem valor ainda hoje. (Rm 7:12. 3:31).
Tudo isso junto ao fato de que o autor aos Hebreus em toda sua carta, esta exortando os irmãos a não voltarem ao judaísmo (Hb 2:3. 10:39), e a forma como ele convence os irmãos a não voltar, é mostrando que na graça, Cristo é melhor, superior a tudo no judaísmo.
E nisso ele mostra que até a entrega do dízimo é superior, porque aquele que os recebe, vive para sempre. (Hb 7:8).
E não somente isto, Jesus também foi dizimista, visto que procuravam qualquer coisa para acusá-lo (Jo 8:6. Mt 22:35. Lc 20:25,26), e não podiam acusa-lo de roubo dos dízimos, até porque a oferta era feita em público (Lc 21:1), por isso ele tinha moral para repreender aqueles que devolvem mal os dízimos. (Mt 23:23).
Jesus foi exemplo em tudo, por isso, o máximo que eles conseguiram achar para acusar Jesus foi em questões bobas, como lavar as mãos (Mt 15:2), ou como curar no sábado sendo que isso não é proibido na lei (Mc 3:2. Mt 5:17).
Porém, não se faz tão necessário falar de dízimos no novo testamento, já que nesse tempo, o povo era muito generoso (At 4:34-37), e a prioridade continua sendo salvação, agora mais do que nunca.
Mas não é o caso no tempo de Malaquias, onde o povo é tão incrédulo, que o Senhor diz: “Fazei prova de mim!” (Ml 3:10).
E por que fala isso? Ora, é como se Deus estivesse dizendo: Eu conheço a incredulidade de vocês, então devolvam o dízimo e vejam se a bênção virá ou não.
Logo, devolver o dízimo, esta ligado diretamente com o coração, mas principalmente com a falta de fé. Nos dias de Malaquias havia uma frieza espiritual muito grande, tanto que:
- Não sentiam o amor de Deus, (Ml 1:2)
- Não percebiam seu próprio pecado, (Ml 1:6)
- Repudiavam suas mulheres, (Ml 2:16)
- Roubavam a Deus, (Ml 3:8)
- E estavam cansados de servir a Deus, dizendo que é inútil, (Ml 3:14)
A religiosidade é justamente servir a Deus de aparência, de maneira que coisas como o dízimo não importam tanto assim, afinal, para manter a aparência não precisa ser dizimista.
Muitos focam na bênção quando olham Malaquias 3:10. Porém, o cristão que tem temor a Deus, irá focar em obedecer, cumprindo o maior mandamento, de amar a Deus acima de todas as coisas.
Pois se o dízimo não fosse importante, Abraão não teria devolvido o dízimo (Gn 14:20), e também Jacó não iria prometer algo sem valor a Deus, em troca de proteção e prosperidade. ( Gn 21:20-22). E isso antes da lei.
Os mesmos que não creem nos dons, nem no Batismo com Espírito Santo, são os que pregam contra o dízimo. Se eles erram em sua interpretação sobre questões de pura fé, como dons, milagres e línguas estranhas; então como poderiam estar certos em outra questão de fé, que é o dízimo?
Toda honra ao Rei dos reis, e Senhor dos senhores.