EBD Lição 7 – 12/02/2017 – Benignidade: um Escudo Protetor Contra as Porfias

Continuando nossa série de subsídio para escola dominical, acompanhando a revista da CPAD. Vamos tratar hoje da lição 7 Benignidade: um escudo protetor contra as Porfias. Ao final, tem o link para você fazer o download em PDF.

Os comentários são da nossa querida irmã Silvânia Soares, que faz parte da equipe do Clube de Pregadores. E também contribui com estudos bíblicos para o nosso site. Deus seja louvado através da vida dela.

EBD Lição 7 – 12/02/2017 – Benignidade: um Escudo Protetor Contra as Porfias

  • Lição 7 – 12/02/2017
  • Benignidade: um escudo protetor contra as Porfias
  • Texto Áureo: (Ef 4:32)
  • Verdade Prática: a benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha do amor de Deus

Lição 7 Adultos Benignidade um Escudo Protetor Contra as Porfias EBD Pregador Manasses

Introdução

Na lição de hoje estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a benignidade e mais um aspecto das obras da carne, a porfia. Veremos que o crente cheio do Espírito Santo tem um coração benigno e procura ter relacionamentos saudáveis, evitando discussões, disputas e polêmicas. O conselho de Paulo a Timóteo foi para que ele fugisse das discussões, polêmicas e debates acerca da lei, pois tais discussões são inúteis e não acrescentam nada à fé dos irmãos (Tt 3.9). “ Mas não entres em questão loucas, genealogias e contendas e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. ”

I – A Benignidade Fundamenta-se no Amor

O que é benignidade? Você conhece o significado dessa palavra? Benignidade significa índole boa, bom caráter; benevolência, humanidade e bondade. No crente, essas características não são o resultado de uma boa formação acadêmica ou de uma família funcional. É o resultado do fruto do Espírito. Não conseguimos ser bondosos pelo nosso próprio esforço. A bondade que estamos estudando vem de Deus, pois Ele é a fonte de toda benevolência e amor (1 Jo 4.8).  Deus é amor, logo, a benignidade é uma das características do crente.

“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. ”

Não conhece a Deus. Conhecer a Deus aqui refere-se a um conhecimento íntimo, vivenciado de Deus, e não a mera informação sobre Deus. João nunca diz que quem não ama não é nascido de Deus (1 Jo 4:7). Mas é impossível conhecer a Deus com intimidade sem amar outras pessoas, porque Deus é amor. Aquele em que Deus está reflete seu caráter. Afirmar conhecer a Deus e ao mesmo tempo não amar os outros é mentir (1 Jo 1:16)

Jesus, exemplo de benignidade. Jesus, como homem perfeito, é o nosso maior exemplo de benignidade e amor (Jo 3.16). Ele amou os ricos e os pobres e sempre ajudou a todos que foram até Ele, como por exemplo, a mulher cananeia cuja filha estava miseravelmente endemoninhada (Mt 15.21-28). A princípio, parece que Jesus não estava se importando com o clamor daquela mãe. Porém, o Mestre estava testando a fé daquela mulher. Jesus mesmo declarou: “Ó mulher, grande é a tua fé” (Mt 15.28). Jesus, em sua bondade, não se prendeu a debates religiosos ou políticos, pois sabia que a sua missão era salvar e resgatar os que estavam perdidos (Lc 19.10).

“ Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. ” (Lc 19:10)

.A benignidade na prática. O evangelista Billy Graham disse que é muito fácil ser indelicado e impaciente com os que erram e falham. É fácil ser  bondoso e gentil com quem nos trata bem, mas precisamos ser benignos com aqueles que erram, tropeçam e ainda  nos tratam mal. Para isso, precisamos ser cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). A Terceira Pessoa da Trindade, habitando em nosso interior, nos leva a ser bondosos em todas as circunstâncias. Muitas pessoas rejeitam o cristianismo porque alguns cristãos não amam como o seu Mestre. Jesus foi gentil para com os publicanos e os pecadores. Ele se assentava e comia com essas pessoas (Mt 9.11,12).

“E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os

publicanos e pecadores?

Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes.

Jesus citou Oséias 6:6 (e o fez novamente em Mateus 12:7) para enfatizar que Deus está mais interessado no amor sincero das pessoas do que na observância cerimonial, externa da lei. Jesus se referiu aos fariseus chamando-os ironicamente de os justos. Na verdade, eles não eram justos, mas consideravam-se justos e piedosos por serem zelosos com a lei (Fp 3:6). Entretanto Jesus explicou usando as palavras do antigo testamento que eles conheciam muito bem, que Deus já há muito considerava sem valor os sacrifícios sem misericórdia.

O Mestre também fez questão de pousar na casa do publicano Zaqueu (Lc 19.1-10). Os publicanos, por serem os cobradores de impostos, eram odiados pelo povo, pois em geral, cobravam mais do que as pessoas deviam. Na cruz, Jesus demonstrou benignidade ao atender o pedido de um salteador (Lc 23.42,43).

II – Porfia Fundamenta-se na Inveja e no Orgulho.

  1. Inimizade e porfia. Embora estas duas palavras pareçam ter o mesmo significado, elas são distintas. Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio, indisposição e malquerença; porfia significa contendas de palavras, discussão, disputa e polêmica. Embora tenham significados distintos, elas são obras da carne, da velha natureza, por isso, devemos fugir de tais ações (Gl 5.20,21).
  1. Evódia e Síntique. Eram irmãs valorosas que serviam a Deus na igreja de Filipos (Fp 4.2). “ Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor. ”

Em sua epístola a igreja de filipense, as duas primeiras pessoas que o apostolo menciona pelo nome são mulheres Evódia e Síntique (Fp 4:2) Paulo mostra que elas se uniram a ele como companheiras de igual valor em sua atividade e em seu ensino missionário. A natureza exata do papel de liderança que Evódia e Síntique exerciam na igreja em Filipos é incerta. A autoridade delas era suficiente, no entanto, para Paulo incentiva-las há procurar harmonia uma com a outra (Fp4:2). Ele até pediu a alguém a quem chama de verdadeiro companheiro que ajudasse essas mulheres.

Tudo indica que essas irmãs se deixaram levar pela velha natureza e estavam envolvidas em alguma porfia. Não sabemos ao certo o motivo da diferença entre elas. Alguns autores  dizem que foram questões pessoais, outros que se tratava de uma disputa por questões eclesiásticas. Porém, tal atitude era reprovável. Então, Paulo exorta ambas para que acabem de uma vez por todas com as diferenças. O apóstolo, como líder daquela igreja, não procurou saber quem estava com a razão, mas com amor e firmeza ordenou que elas parassem com tal atitude. Em meio às porfias não existem vencedores. Todos acabam perdendo e dando lugar ao Diabo (Ef 4.27).

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­— Não deis lugar ao Diabo. Satanás espera a oportunidade para dar o primeiro passo em nossa direção. O verbo, no imperativo presente, em grego significa não tenha o hábito de dar lugar a satanás. A ira descontrolada é uma brecha pela qual o inimigo de nossa alma entra em nosso coração com o intuito de destruir e corromper o corpo. Ele só pode atingir e ferir quando encontra um lugar na vida de alguém para fazer sua obra maligna.

Miriã e Arão. Moisés havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o seu povo até Canaã, e uma das suas características mais marcantes era a mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas duas características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia, Miriã e Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado com uma mulher cuxita (Nm 12.1).

A mulher cuxita como se lê no livro bíblico de Números é apresentada como natural da região de Cuxe onde se encontra um povo de pele negra. De acordo com Gn 2.13, o rio Gion do jardim do Éden rodeia a terra que se estende até a região atualmente conhecida como África. Existem ainda outras citações bíblicas sobre Cuxe: Em Gn 10.6-9 os cuxitas são descendentes de Cam, filho de Noé;

Eles não estavam preocupados com Moisés, mas, por trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente desejavam a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros sentimentos, despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da inveja e da porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram que ficar retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a você e ao povo de Deus.

III – REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE

Retirando as vestes velhas. Paulo exorta os crentes de Colossos a se despirem da velha natureza, deixando de lado a ira, a malícia, a maledicência e as palavras torpes (Cl 3.8). Como filhos de Deus, precisamos nos revestir de vestes novas, ou seja, novas atitudes, a fim de anunciar ao mundo a benignidade de Deus (1 Pe 2.9). “ Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”

Mas vós . Este versículo mostra a diferença dos que creem em Jesus e os que não creem.

Geração Eleita.  Deus não deixou de lado aqueles que farão parte de um grupo especifico de pessoas, aqueles que irão servi-lhes; ao contrário, Ele mesmo escolheu.

 Sacerdócio real. Os cristãos não são apenas transformados por dentro, mas por fora também. Somos sacerdotes dotado da capacidade de governar, como reis.

Nação santa. Os cristãos são um grupo especial de pessoas separadas como instrumento de Deus.

Povo adquirido. Deus protege aqueles a quem ele adotou e que agora fazem parte de sua família. Para que anuncieis as virtudes daqueles que vos chamou. Nos fomos transformados dessa forma maravilhosa para que pudéssemos proclamar ao mundo as obras desse Deus glorioso.

Vivemos neste mundo, mas não podemos nos conformar com a sua maneira de viver e pensar (Rm 12.1).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”

A parti da misericórdia divina, Paulo pede aos cristãos que apresente seus corpos como um sacrifício vivo, ou seja, eles deveriam usar seus corpos para servi e obedecer a Deus(Rm 6:13). Entregar de tal maneira o corpo a Deus é mais do que um contraste estabelecido por Paulo entre o corpo vivo do cristão e o sacrifício de um animal morto; é o apelo à novidade de vida (Rm 6:4).

Precisamos de santidade, pois sem ela jamais poderemos agradar ao Senhor e nem vê-lo (Hb 12.14).

Sede benignos. A benignidade é um antídoto e um escudo contra as porfias. Tornamo-nos benignos porque fomos perdoados e justificados por Jesus Cristo e agora o Espírito Santo habita em nós e nos ajuda a viver de modo santo e justo. Fomos perdoados por Cristo. Por isso, precisamos também  conceder o perdão àqueles que nos ofendem e magoam (Mt 6.12,14,15). De certa forma, é até fácil agir com bondade com aqueles que agem conosco dessa mesma forma, mas precisamos ser benignos com aqueles que nos odeiam e nos maltratam. Jesus nos ensinou a amarmos até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.44).

Imitando a conduta de Paulo. O apóstolo Paulo tinha uma vida ilibada, e como líder, era um exemplo para os crentes de Corinto. Sua maneira de viver era tão santa que ele desafiou os crentes a serem seus imitadores (1 Co 11.1). Sua família, seus amigos e seus irmãos em Cristo podem imitar seus atos e suas ações? Paulo seguia o exemplo de Jesus. Precisamos também seguir o exemplo do Mestre e nos tornarmos semelhantes a Ele. Não podemos nos esquecer que ser cristão

é ser semelhante a Cristo. Jesus deve ser o padrão para o nosso viver. Ele tinha uma vida social intensa; ia a casamentos (Jo 2.1-12), jantares na casa dos amigos (Jo 12.1-11), mas não se deixou seduzir pelas coisas desse mundo.

Transformado pelo espirito

As palavras de Paulo a respeito das leis, e a sua ineficiência para gerar a justiça por cauda da fraqueza da carne (Rm 8:3), não devem ser interpretadas como se ele pensasse que a lei tivesse pouco valor. Pelo contrário, ele levou a sério o alto chamado e as expectativas que Deus revelou por meio de

Moises. De fato, a expressão caminhando segundo o espirito (Rm 8:4) envolve o cumprimento dessas expectativas. Isso se dá porque Paulo desejava que os cristãos:

Convertessem-se do mal para a prática do bem (Rm12:2,9).
Procurassem viver em amor (1 Co13)
Não abusassem da sua liberdade (Gl 5:13-16)
Vivessem com um novo estilo de vida religiosa (Ef 2:1-3; 4:1-3)
Aprendesse a servir aos outros em humildade, com amor (Fl 2:1-7)
Desfizessem os padrões do pecado dentro de si mesmo (Cl 3:5-11)
Desenvolvesse o contentamento piedoso com aquilo que possuem (1 Tm 6:6-11). 

Fontes pesquisadas:
Bíblia de estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de estudo Thompson
O novo comentário bíblico NT
O novo comentário bíblico AT
Teologia Sistemática – Wayne Grudem
Autora: Silvania Soares

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