Uma Aliança Superior, este é o assunto que iremos estudar nesta semana. O autor revela no capítulo 8 da carta aos Hebreus,
uma aliança, um santuário, um sumo sacerdote, e um ministério igualmente superior.
O antigo santuário (terreno) deu lugar a um novo santuário (celestial), onde o próprio Jesus tem um oficio de Sumo Sacerdote.
Mas Jesus não é apenas Sumo sacerdote, Ele é, Sumo Sacerdote-Rei. Que está sentado a direita do pai para interceder pelo seu povo.
A antiga aliança tornou-se ultrapassada diante da Nova Aliança, por ter natureza espiritual e se firmar em promessas superiores.
I – UM SANTUÁRIO SUPERIOR
1. Pertencente a Uma Dimensão Superior.
Tanto Judeus como cristãos estavam familiarizados com a figura do tabernáculo de Moisés.
Todas as instruções para a construção do Santuário, dadas por Deus a Moisés, estavam no livro de Êxodo (Êx 25:1-9).
Todas as recomendações dadas a Moisés, conforme os registros das Escrituras, eram para a construção de um santuário, onde Deus Habitaria com eles, observe (Êx 25:8).
Portanto essa era a finalidade terrena do tabernáculo móvel. E era nesse tabernáculo, que tanto os sacerdotes como o Sumo Sacerdote exerciam seu ministério.
Portanto foi no santuário Celestial, que Cristo entrou para oficializar como sumo sacerdote em nosso favor.
Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que é chamado de “Verdadeiro Tabernáculo” porque pertencer a uma dimensão celestial (Hb 8:2).
2. Possuidor de Uma Natureza Superior.
O santuário terreno mesmo tendo sido construído com metais preciosos, não era o verdadeiro tabernáculo, mas apenas o modelo dele.
Observe (Hb 5:8) “Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou” Esse santuário terreno era na verdade um tipo que apontava para o santuário celestial.
“O santuário terreno era o lado visível de uma realidade invisível, mas real!”
Foi nesse santuário que Jesus tornou-se “ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo” (Hb 8:2).
3. Possuidor de Uma Importância Superior.
O contraste entre esses dois tabernáculos é muito evidente. Certo autor destaca três grandes importâncias dos tabernáculos terrestre:
1°) Relacionamento e Comunhão
O tabernáculo propiciava todas as condições necessárias para manter o relacionamento com Deus em comunhão.
Enquanto que no tabernáculo celestial essa condição é totalmente satisfeita.
2°) Garantia da Presença Divina
O tabernáculo era a garantia da presença divina no meio do seu povo. E isso fazia com que o tabernáculo se conforme em cada detalhe ao seu caráter divino. Deus quer um santuário; O Deus santo exige um povo santo.
3°) Perfeição e Harmonia do Caráter de Deus
O tabernáculo revelava a perfeição e a harmonia do caráter de Deus vista na arquitetura como nas peças em metais,
O grau de santidade exibido no átrio, o lugar santo e o santo dos santos. Tudo isso mostrando apenas a sombra da perfeição do tabernáculo celeste.
II – UM MINISTÉRIO SUPERIOR
1. No Aspecto Posicional.
Através dos seus argumentos, o autor mostra que Jesus deve ser visto como sumo sacerdote-rei.
Na lição anterior vimos que no Antigo Testamento nenhum rei exerceu a função de sacerdote-rei.
Apenas dois reis tentaram ser sacerdotes, mas isso não lhes caiu muito bem, foi o caso de Saul e Uzias.
Só Jesus Cristo conseguiu cumprir as exigências da profecia bíblica descrita em (Sl 110:4) e ser o único sacerdote rei de uma ordem superior a ordem de Melquisedeque.
2. No Aspecto Funcional.
No Antigo Testamento, os sacerdotes entravam várias vezes no tabernáculo para oferecer seus sacrifícios, o Sumo sacerdote só uma (Hb 8:3).
Cristo tinha a semelhança ao sistema sacerdotal arônico, embora fosse diferente pois Ele mesmo se deu em sacrifício (1 Co 5:7).
Diferente dos sacrifícios Levitas o sacrifício de Cristo não se repete, foi feito de uma vez por todas.
3. No Aspecto Cultual.
A atividade do sumo sacerdote e as outras funções exercidas pelos sacerdotes era restrita ao culto.
Havia ainda nos seus dias sacerdotes que ofereciam sacrifícios e ofertas de acordo com a lei (Hb8:4).
Assim o sacerdócio de Cristo era superior em tudo, porque sua atividade cultural era realizada no santuário celestial
III – UMA PROMESSA SUPERIOR
1. De Natureza Interior e Espiritual.
Na antiga aliança Deus chamou Israel para ser seu povo. Deus escreveu em tábuas de pedra a aliança que fez com seu povo e desta maneira revelou o seu lado exterior,
desta maneira a lei agia de fora para dentro (Hb 8:9). Como o povo falhou e não conseguiu cumprir com as suas exigências,
Deus prometeu fazer uma nova aliança. A lei de Deus não seria mais escrita em táboas de pedras,
mais no coração, do lado de dentro, não do lado de fora como na antiga aliança.
2. De Natureza Individual e Universal.
A antiga aliança é diferente da nova, quanto ao seu alcance, na antiga aliança nem todos conheciam a Deus,
o conhecimento estava restrito ao sacerdote, escribas, e aqueles que estudavam minunciosamente as leis,
era comum se encontrar nos tempos de Jesus, os Mestres da lei, essas pessoas eram constantemente consultados sobre os detalhes do Torá.
Na nova aliança o Senhor nos prometeu: “todos me conhecerão” (Hb 8:11), e o conhecimento do Senhor está disponível a qualquer um que queira
3. De Natureza Relacional.
Podemos evidenciar a natureza relacional observando este versículo:
“Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais”(v.12).
A nova aliança é um pacto de misericórdia, graça e perdão. Na nova aliança em vez de uma “recordação de pecados todos os anos” como descreve (Hb 10:3 – ARA).
Agora na nova aliança Deus não se lembra mais do pecado de ninguém.
Conclusão:
Durante toda a lição o autor aos Hebreus já havia mostrado que o sacerdócio de Jesus era superior ao arônico, levítico; vindo de uma ordem pertencente a de Melquisedeque.
Agora o autor mostra que esse sacerdote possui um ministério superior porque governa de um santuário superior,
e como nós desfrutamos dessa aliança superior nós também desfrutamos de promessas bem mais superiores, e damos-lhe glórias a Deus por essa benção.