Carta de Paulo aos Colossenses – Estudo Bíblico
aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai. (Colossenses 1:2).
A carta de Paulo aos Colossenses tem por objetivo fortalecer, consolar e exortar os irmãos em Colossos. É uma carta que tem como assunto principal o Senhor Jesus, cabeça da igreja e antes de todas as coisas. (Cl 1:15-17).
A igreja ficava na cidade de Colossos, na região da Frígia, Ásia, próximo a Éfeso. Durante o império grego, esta cidade teve muita importância, porém com as novas rotas criadas pelos romanos, a cidade de Colossos não foi incluída na rota principal da Ásia, perdendo destaque.
As igrejas da Ásia no Apocalipse são cidades principais que fazem parte da rota que os romanos criaram.
A carta foi enviada no ano 61 d.C. O cooperador Tíquico foi o mensageiro, acompanhado de Onésimo. (Cl 4:7-9). Paulo estava preso em Roma quando a escreveu e ainda não tinha visitado esta igreja. (Cl 2:1).
A fundação desta igreja não consta no livro de Atos dos apóstolos. E não foi Paulo quem a fundou, mas seu discípulo Epafras é o provável fundador da igreja e também principal pastor da mesma. (Cl 1:7).
Uma tese teológica bem comum relata que durante os anos que Paulo pregou e ensinou em Éfeso (At 19:9,10), Epafras se converteu e depois levou o evangelho até a cidade fora da rota chamada Colossos.
Semelhante a Éfeso, esta cidade também era dominada por uma deusa da mitologia romana chamada Cibele, deusa mãe dos deuses, também considerada mãe de todos.
Isso explica porque Paulo faz questão de colocar Jesus como criador de tudo, superior a tudo e todos. (Cl 1:15-17).
Os colossenses estavam enfrentando o que hoje chamamos de sincretismo. Isto é, a mistura de várias crenças formando novas interpretações da mesma.
Em colossos, estavam misturando filosofias gregas, com tradições judaicas, junto às doutrinas do evangelho de Cristo. E essa mistura resulta em várias práticas obrigatórias que minavam a liberdade da igreja.
Algo que certamente iria acabar com a pureza do evangelho naquela cidade, mas que foi impedido através da carta de Paulo aos colossenses.
No capítulo 1, Paulo traz saudações a igreja e ao seu pastor, Epafras. Ora pelos irmãos para que cresçam no conhecimento da vontade de Cristo, e tenham sabedoria e entendimento espiritual.
Ainda no mesmo capítulo, Paulo fala da excelência da pessoa e obra de Jesus Cristo, mostrando que Cristo é superior a tudo e todos, incluindo poderes malignos como principados e potestades.
No capítulo 2, Paulo traz exortações e avisos para terem cuidado com as heresias, vãs filosofias, sutilezas daqueles que tentam enganá-los desviando-os da verdade. (Cl 2:4,8,9,16,17,18).
Ele exorta sobre cultos esquisitos, como a anjos, e fala principalmente da liberdade que temos em Cristo, lembrando os irmãos que não precisam se prender em julgo de obrigações para cumprir rituais de festas, dias, luas ou sábados. (Cl 2:16).
No capítulo 3, Paulo agora fala da vida cristã na prática, já que no capítulo anterior ele alertou o erro de levar uma vida seguindo várias regras e rituais, é comum mostrar então como deve ser a vida cristã.
Ele orienta apensar nas coisas que são de cima, a abandonar os vícios, fazer morrer as obras da carne e se revestir de tudo que é bom, misericórdia, humildade, mansidão e domínio próprio. (Cl 3:1-17).
E por fim ainda fala dos deveres da família, semelhante ao que disse aos Efésios, porém de forma mais resumida.
No capítulo 4, Paulo termina sua carta falando da perseverança na oração, e a sabedoria no comportamento e nas palavras. Ele recomenda Tíquico e Onésimo entre outros cooperadores e menciona uma carta que estava em Laodicéia. (Cl 4:7-17).
A carta a Laodicéia provavelmente nunca existiu. Conforme o texto indica, Paulo fala de uma carta que estava na igreja de Laodicéia, e não de uma carta que ele enviou a Laodicéia.
Algum tempo depois, houve um terremoto na cidade de Colossos, e os sobreviventes foram para Laodicéia, cidade próxima. E assim, a cidade de Colossos deixou de existir.
A carta aos Colossenses nos ensina muito sobre a autoridade do Senhor Jesus. Visto ser ele a imagem de Deus, o primogênito dentre os mortos e em quem habita toda plenitude da divindade.