Na lição desta semana, Jesus – Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior, o autor apresenta o sacerdócio de Jesus em uma nova perspectiva,
Jesus é um sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110:4 cf. Hb 7:17).
O autor mostra que a profecia do Salmista revela um sacerdócio de uma ordem, superior à de Arão e à levítica que teve seu cumprimento em Jesus (Hb 7:13).
Mesmo Jesus tendo a mesma ordem sacerdotal, em (Hb 7:3) o autor afirma: “foi feito semelhante ao filho de Deus”
com essas palavras o autor afirma que Jesus mesmo pertencendo a mesma ordem sacerdotal que Melquisedeque era superior a ele.
Existem muitas especulações sobre Melquisedeque, mas devemos vê-lo como uma figura histórica de natureza tipológica,
Ele deve ser visto como um tipo que aponta para Jesus, mostrando que o sacerdócio de Cristo é de natureza eterna, imutável e perfeita.
I – QUANTO AO ASPECTO DE SUA TIPOLOGIA
1 – Um Sacerdócio Com Realeza.
Em Hebreus 7:2, o autor destaca que Melquisedeque era sacerdote e rei, pois recebeu dízimo de Abraão como sacerdote e governava Salém como rei. Só o sacerdote levita poderia oferecer sacrifícios e representar o povo diante de Deus (1 Sm13:9,13; 2 Cr 26:16-18).
Aos sacerdotes não eram reis, a ordem do sacerdócio não previa a existência de um sacerdote- rei.
Para o contexto bíblico só poderia acontecer a existência de um sacerdote-rei se fosse segundo uma outra ordem. Jesus era levantado por Deus segundo essa nova ordem, da qual Melquisedeque é o tipo (Sl 110:4).
2 – Um Sacerdócio Firmado na Justiça.
O autor aos Hebreus destaca que Melquisedeque era “rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz” (Hb 7:2).
A história de Melquisedeque aparece em Genesis 14:18-20 e tem no contexto a guerra dos cinco reis, contra quatro que aconteceu no vale do rei.
O autor interpreta Melquisedeque, que significa Sedeque é rei, como rei da justiça, escrito em, (Hb 7:2).
Não temos dúvida de que Melquisedeque é um tipo de Jesus, que iria reinar com justiça num reinado sem fim (Is 32:1; Jr 23:5; Lc 1:33).
3 – Um Sacerdócio Com Legitimidade Divina.
“Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” (Hb 7:3)
Essa expressão “sem pai, sem mãe, sem genealogia” – demostra o contraste entre o sacerdócio levítico e o de Melquisedeque.
O sacerdócio levítico dependia da genecologia para poder ser legitimo, quem não fosse da tribo de Levi não podia exercer essa função sacerdotal.
O autor de Hebreus mostra que o sacerdócio de Melquisedeque não dependia de genecologia e ainda assim era legitimo,
Da mesma maneira o sacerdócio de Jesus Cristo era também legítimo, porque pertencia a uma ordem superior, a ordem de Melquisedeque.
II – QUANTO AO ASPECTO DE SUA NATUREZA
1 – Um Sacerdócio Perfeito.
A palavra Grega teleiôsis que significa (perfeição), o autor usa no cap. 7:11, essa palavra significa também (alvo a ser atingido). Neste contexto esta palavra é usada
Nesse contexto esta palavra é usada para se referir ao relacionamento com Deus. observe que nem a lei e nem o sistema sacerdotal do Antigo Testamento
pode resolver o problema da culpa e produzir o perdão que a santidade de Deus exigia da humanidade.
O autor destaca que esse problema só podia ser resolvido por um sacrifício perfeito que nenhum levita poderia realizar.
2 – Um Sacerdócio Imutável.
Continuando no capitulo 7 vemos que “mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb 7:12).
No Salmo 110:4 O Espírito Santo tinha falado por boca de Davi que chagaria um sumo sacerdote que seria de outra ordem,
A ordem de Melquisedeque. E que ia se instalar uma nova ordem, isso significa que a antiga passaria.
Quando essa profecia fosse cumprida a lei mosaica e o sacerdócio levítico seriam antiquados, ultrapassados. Só o sacerdócio de Jesus não poderia ser mudado.
3 – Um Sacerdócio Eterno.
O sacerdócio de Cristo “não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível” (Hb 7:16).
É uma referencia a ressureição de Jesus e sua vitória sobre a morte, mostrando assim o seu caráter eterno.
Cristo não foi sacerdote por imposição humana e sim atribuição divina. Como diz o versículo 17:
“Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7:17).
III – QUANTO AO ASPECTO DE SEUS ATRIBUTOS
1 – Um Sacerdócio Santo.
Como atributo de Deus a santidade é afirmada pelo autor aos hebreus que sem “a santificação,
[…] ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). Que o sumo sacerdote não apresentasse defeito nenhum, incluindo o físico (Lv 21:16-23).Devido a condição humana nem os sacerdotes eram perfeitos como o sistema levítico era todo imperfeito.
Só Cristo podia atender as exigências de um sacerdócio santo e perfeito (Hb 7:26).
2 – Um Sacerdócio Inculpável.
Todas as exigências de uma vida santa e pura, requerida para um sumo sacerdote, foram cumpridas por Jesus.
Além de todos esses atributos ele deveria ser também inocente (Hb 7:26). A palavra AKAKOS, traduzida como inocente,
Significa também sem maldade, descrita como ausência de tudo que é ruim e errado. Pedro, afirmou que Jesus:
“não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2:22). No sacerdócio de Cristo, não havia culpa e nem imperfeição.
3 – Um Sacerdócio Imaculado.
No capítulo 7:26, o autor aos Hebreus usa um termo “AMIANTOS” para dizer que Jesus é um sacerdote “sem macula”, que tem o sentido de “sem machas”,
Estava sendo usada também, no contexto bíblico para se referir tanto a pureza ética como a pureza ritual.
Foi a essa vida ética e não apenas ritual que o autor retrata o Senhor Jesus Cristo como sendo “separado dos pecadores”.
Jesus assumiu a forma humana e se fez pecado pelos homens (2 Co 5:21), mas sem pecar.
CONCLUSÃO
O único texto escrito no Novo Testamento que apresenta uma doutrina sistematizada do sacerdócio de Jesus Cristo é a carta aos Hebreus.
A carta mostra que Jesus é o sumo sacerdote- Rei descrito nas Escrituras. Como tal Ele é superior ao sistema levítico,
A Melquisedeque rei de Salém, a quem Abraão entregou o dízimo, e não só a isso, mas a todo o sistema levítico que havia se tornado antiquado diante da nova ordem sacerdotal.
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