Carta de Paulo aos Romanos – Estudo Bíblico

Romanos

Carta de Paulo aos Romanos – Estudo Bíblico

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Romanos 8:1)

A carta de Paulo aos romanos é um incrível curso discipulado. Ela traça o caminho saindo da vida de pecado, passando pela graça de Deus, recebendo a salvação e vivendo firme com Deus.

Infelizmente, muitos líderes e pastores ignoram a importância dessa carta magna, ou nem eles mesmos entendem a sua importância, e por isso, não a ensinam em suas ministrações.

É tão fácil saber isso, que basta perguntar: Quando foi a ultima vez que você ouviu um ensinamento sobre a carta aos Romanos em sua igreja? Mas vamos conhecê-la um pouco agora.

Paulo ainda não tinha passado em Roma quando escreveu e enviou essa carta. (Rm 1:13). Portanto, Paulo não fundou a igreja em Roma, mas em corinto ele conheceu alguns irmãos que moravam lá, entre eles, um casal se destaca, Priscila e Áquila (At 18:1,2).

Este é um casal de pastores em Roma (Rm 16:3-5). Mas em Roma existiam várias congregações. Na carta aos Romanos, Paulo manda saudações a pelo menos 4 congregações, que são igrejas que se reúnem nas casas. (Rm 16:5,10,11,13,14).

Antes que você pense que eram igrejas de 10 pessoas reunidas em uma casinha, como se fosse célula; É importante lembrar que, esses cristãos, são na maioria judeus, e que os judeus mais ricos tinham salões de festas em suas casas. Por isso, a igreja não se reunia em uma sala ou uma cozinha. Mas se reunia em salões espaçosos.

Os judeus se espalharam pelo mundo, desde a queda de Samaria e Jerusalém no antigo testamento (2Re cap 17 e cap 25). Mas eles entenderam o castigo de Deus, e mesmo em terras distantes, continuaram seguindo a lei de Moisés. E na lei tem muitas festas e liturgias a seguir, por isso, os judeus construíam salões de festa para facilitar seguir a lei de Moisés e efetuar todas as liturgias.

Inclusive, a ultima ceia foi realizada em um desses salões. (Mc 14:15. Lc 22:12). Onde também a igreja estava reunida quando desceu o pentecostes.

A carta aos Romanos não foi escrita pelas mãos de Paulo, mas ditada por ele, enquanto um cooperador chamado Tércio escrevia o que Paulo falava. (Rm 16:21,22). A carta foi levada até as igrejas em Roma por uma cooperadora, chamada Febe (Rm 16:1,2).

Como Paulo ainda não havia passado em Roma, ele resolve pregar o evangelho completo através dessa carta, por isso, a carta aos Romanos é também chamada de carta missionária.

Pois nela, Paulo se dedica a explicar todo o processo da salvação. Começando pela famosa declaração que diz:

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. (Romanos 1:16). Grego e gentio é a mesma coisa.

A partir dessa declaração, Paulo constrói seus argumentos explicando o que é o evangelho, e porque ele é o poder de Deus, e como somos salvos por esse poderoso evangelho.

Mas ele começa falando dos altos níveis de pecado, ensinando algo importantíssimo, que é: Aqueles que mergulharam nas profundezas do pecado, rejeitando totalmente a Deus, foram igualmente rejeitados por Deus. (Rm 1:18-32).

Isto, para mostrar que o primeiro passo a receber a salvação, inclui aceitar a existência de Deus (Hb 11:6), e isto significa não ultrapassar os limites da natureza da criação de Deus por livre e espontânea vontade, pois o resultado será esse:

E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; (Romanos 1:28)

A partir do capítulo 2 e 3 Paulo explica que todos necessitam de salvação. E que o judeu não esta salvo automaticamente, pelo contrário, ele também precisa receber a salvação. A conclusão de Paulo sobre esse assunto é:

Porque todos (judeus e gentios) pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3:23)

E agora, que ele já convenceu seu público que tanto judeus, como gentios precisam ser salvos por Jesus. Agora no capítulo 4 ele vai começar a explicar a Fé que nos leva a salvação. Para mostrar que não é qualquer tipo de fé que conduz a salvação, mas somente a fé que é igual a de Abraão.

Por isso Abraão é o pai da fé, isto é, nosso modelo de fé, pois devemos imitar a fé para alcançar a salvação. E Paulo explica isso brilhantemente no capítulo 4 usando somente o antigo testamento, deixando claro que salvação não é por obras, mas por fé.

O leitor pode perguntar: Eu tenho fé, mas não sei como isso me salva? Então Paulo responde no capitulo 5, explicando como acontece a justificação pela fé. E ele faz uma ilustração maravilhosa entre Adão e Cristo. (Rm 5:19,20).

Então o leitor pergunta: Mas qual a vantagem dessa justificação pela fé? E Paulo responde no capítulo 6, mostrando que agora estamos livres do pecado. Isto é, livres da condenação do pecado.

E ele continua esse raciocínio no capítulo 7, mostrando que não servimos ao pecado, isto é, não vivemos pelo pecado ou para o pecado como fazem os ímpios. Porque o ímpio é movido pelos seus desejos pecaminosos, mas nós agora, somos movidos pela vontade Deus.

No capítulo 8, Paulo mostra como é a nova vida com Deus agora. Movidos pela vontade de Deus, que é comunicada a nós pelo Espírito Santo, livres de toda condenação, pois Jesus já foi condenado por nós.

E com toda essa bênção, essa nova vida maravilhosa, o leitor pode perguntar:

  • Mas como é possível que muitos judeus que conhecem toda a lei de Moisés, não acreditem que Jesus é o Messias?
  • Como é possível que eles não percebam isso nas escrituras?
  • Afinal, os judeus estudam as escrituras para encontrar a vida eterna (Jo 5:39), e como não percebem a salvação em Jesus?

Então, no capítulo 9 Paulo começa a explicar o motivo de muitos judeus ainda não acreditarem em Jesus. Os argumentos de Paulo no capítulo 9 são para defender Deus, e não os judeus.

Claro que Deus não precisa de defesa, mas Paulo esta explicando que Deus não foi injusto, nem leviano, e não rejeitou Israel propositalmente para dar oportunidade aos gentios. E essa defesa é importante, para que os irmãos em Roma, não comecem a pensar que Deus agiu mal para com Israel.

Pois isso iria diminuir a fé deles, já que a maioria dos crentes até aquele momento eram judeus. E Paulo participa do mesmo sentimento que eles, quando diz:

Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; (Romanos 9:2,3).

Então, o capítulo 10 entra em cena, mostrando que ainda há esperança, que Israel ainda será salvo, e aqui Paulo explica com muita classe e objetividade, como é fácil receber a salvação apenas confessando (Rm 10:9), já que o judeu conhece toda a lei, será fácil se converter a Cristo, quando seus olhos forem abertos.

Por isso Paulo diz que é necessário continuar pregando e explicando o evangelho, e faz as seguintes perguntas:

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. (Romanos 10:14,15)

Sendo assim, o capítulo 11 começa com a esperança da salvação de israel. E a advertência de que nós também podemos ser cortados se não valorizarmos o que temos. (Rm 11:1,21).

E finalmente, Paulo dá recomendações, faz apelos e rogos, sobre como os irmãos devem viver nos capítulos 12 e 13. E no 14 ele trata de um problema que existia na igreja, entre os irmãos fracos e fortes. No 15 ele faz considerações, fala de seus planos e no 16 saúda os irmãos.

E Para você que deseja aprender muito mais, te convido, venha estudar comigo no Clube de Pregadores.

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