Por que o Arrebatamento é Antes da Grande Tribulação?

Por que o Arrebatamento é Antes da Grande Tribulação?

Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. (Lucas 21:22).

Para identificar o momento exato em que acontece o arrebatamento, primeiro precisamos saber o propósito da grande tribulação. Afinal, todo período assim profetizado na bíblia, possui um motivo, uma razão, um propósito.

O próprio Deus usou seus profetas durante muitos anos para profetizar o cativeiro assírio e babilônico (Is 20:4. Jr 15:2. Ez 6:9. Am 6:7). E este cativeiro tinha razões, motivos, propósitos bem claros especificados na bíblia, em especial o profeta Jeremias deixou bem claro o motivo do cativeiro em seu livro (Jr 25:1-14).

Porém, ainda falando desse cativeiro, o profeta Jeremias usou um termo que se aplica a grande tribulação. Por exemplo;

Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. (Jeremias 30:7).

Jeremias usou palavras que Jesus repetiu (Mt 24:21. Mc 13:19) tratando da grande tribulação, dizendo que não há outro dia semelhante aquele, assim como Jesus diz que essa tribulação é a maior de todas.

Mas veja que Jeremias não esta sozinho, também o profeta Daniel disse algo sobre isso:

E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. (Daniel 12:1).

Daniel concorda que o tempo é de angústia, e que nunca houve um tempo como aquele. Ambos os profetas, Jeremias e Daniel falam do povo de Israel. Pois as visões de Daniel tem origem na sua intensa preocupação com o futuro de seu povo e não da igreja, uma vez que, essa ainda não existia. (Dn 9:2,3,20).

E Jeremias diz que é tempo de angústia, assim como Daniel diz o mesmo. Porém, Jeremias acrescenta uma informação crucial: “tempo de angústia para Jacó”. E como nada é por acaso na bíblia, logo temos que considerar as palavras de Jeremias que remetem á grande tribulação, uma vez que, essas palavras tem o apoio do próprio Jesus como já vimos.

Mas além de Jeremias, Daniel e Jesus falarem que “nunca houve tempo como esse”. Também temos Jeremias e Jesus concordando em mais uma informação que é:

• Jeremias diz: “Angústia para Jacó” (Jr 30:7). Indicando que a grande tribulação é para o povo de Israel.
• Jesus diz: “Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo.” (Lc 21:23b). Indicando novamente, que o período da grande tribulação tem Israel como protagonista.

E no contexto onde Jeremias anuncia a angústia de Jacó, ainda temos mais detalhes da grande tribulação, por exemplo a expressão “últimos dias” (Jr 30:24). E a citação das dores de parto, ás quais Jesus também menciona, compare: Jr 30:6 com Mt 24:8.

Jeremias fala de homens com dores de parto. E Jesus mencionou o princípio das dores, isto é, as dores que estão só começando e serão agravadas e virão com força total na grande tribulação.

E ainda em Jeremias (Jr 30:9) é feito menção de Israel servindo o seu rei, o novo Davi que Deus levantará. E sabemos que esse novo Davi só pode ser o Messias. Porém, veio para o que era seu e os seus não o receberam… Mas conforme Zacarias, eles ainda receberão o Messias. (Zc 12:10).

E se perguntarmos para Jesus o que é exatamente a grande tribulação, a resposta é essa:

Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. (Lucas 21:22).

Quando Jesus diz: “para que se cumpram todas as coisas que estão escritas”; só podem ser as profecias do antigo testamento. E isto confirma que, a grande tribulação é cumprimento de profecias. Mas não somente isso, pois também confirma que a grande tribulação foi prevista pelos profetas, já que, quando ela chegar, se cumprirá tudo que esta escrito.

Mas não somente isso, pois como a grande tribulação se refere aos últimos dias, logo, as profecias que estão em aberto sobre Jesus, também devem se cumprir nesse período.

É por isso que:

A construção do 3° Templo em Jerusalém (Ez 37:26-28); A volta literal de todos os judeus para Israel (Is 43:5,6); A era de paz mundial acabando com o sofrimento, isto é, o milênio. (Is 2:4); E a divulgação do conhecimento universal sobre o Deus de Israel. (Zc 14:9). Se cumprirão durante e depois da grande tribulação. Pois tudo que esta escrito irá se cumprir.

Então já estamos identificando com detalhes o propósito e o motivo da grande tribulação. Porém, ainda tem uma questão: Jesus disse que “esses são dias de vingança”. (Lc 21:22). Como assim? Vingança do que? Vingança de quem?

Quem melhor para responder isso do que o mesmo profeta? Jeremias diz:

Eis a voz dos que fugiram e escaparam da terra de babilônia, para anunciarem em Sião a vingança do SENHOR nosso Deus, a vingança do seu templo. (Jeremias 50:28).

A vingança é do Senhor e do templo. Afinal, sabemos que o anticristo irá profanar o templo, ele se assentará no templo do Senhor como se fosse Deus. (2Ts 2:4). Ao que no Apocalipse, essas palavras de Jeremias parecem se repetir. Compare: Jr 50:28,29. Com Ap 18:1-6.

Mas não somente isso, pois o profeta Isaías também fala do dia da vingança. Ele diz:

O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; (Isaías 61:1,2).

Obviamente, a primeira parte desse texto se cumpre na primeira vinda do Senhor Jesus. Ele mesmo leu essa passagem quando esteve na sinagoga de Nazaré. Porém, a parte do dia da vingança o Senhor Jesus não leu. (Confere: Lc 4:17-19).

Isto só pode ser porque esse “dia da vingança” não se cumpriria na sua primeira vinda. E se lermos a partir do “dia da vingança” que Jesus não leu, logo veremos o que vai acontecer na segunda vinda de Jesus. Veja o texto:

A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado. (Isaías 61:3).

Isso implica que nesse “dia da vingança”, os habitantes de Sião, isto é o povo de Israel, estarão: Em cinzas, em tristezas, com espírito angustiado. E nesse mesmo dia da vingança, o povo de Sião que é Israel, receberá glória, óleo de alegria e vestes de louvor.

E tudo isso concorda com o que Jeremias disse desde o início: “ele porém será salvo dela” (Jr 30:7).

Então, resumindo: A grande tribulação é um período de angústia como nunca houve na história, e que tem como protagonista o povo de Israel, é também o dia da vingança do templo e da vingança do nosso Deus. E não somente isso, é o dia do despertar de Israel onde finalmente eles irão reconhecer o Messias.

Agora, podemos rever todos esses textos novamente, ou procurar mais versículos semelhantes e não iremos encontrar a igreja em lugar nenhum. A grande tribulação é um acerto de contas com Israel e o cumprimento de todas as profecias que ainda estão em aberto no antigo testamento.

Logo, não sobra lugar para o arrebatamento da igreja. Mas se esta escrito (1Ts 4:13-18) vai acontecer. Por isso, como já estudamos anteriormente, a igreja não passará pela grande tribulação, pois o lugar do arrebatamento é antes desse acerto de contas com Israel.

E temos como principal evidência a iminência do arrebatamento, o fato dos salvos esperarem por Cristo e não por tribulação (1Co 1:7. 1Co 16:22. Fp 3:20. Fp 4:5. 1Ts 1:10. 1Ts 5:6. 1Tm 6:14. Tt 2:13. Hb 9:28. Tg 5:7-9 . 1Pe 1.13. Jd 21. Ap 3:11; 22:7,12,17,20,22). E também a promessa particular que Jesus fez para sua igreja. (Jo 14:1-3).

Afinal, se colocarmos o arrebatamento para depois da grande tribulação, junto com a segunda vinda de Cristo, temos de imediato 2 grandes problemas que contradizem a bíblia.

Primeiro problema: Se a igreja passará pela grande tribulação, automaticamente, devemos ficar atentos ao advento do anticristo, pois quando ele ascender ao poder, então saberemos que não demora mais do que 7 anos, e poderemos até marcar a data para a volta de Jesus.

E isto contradiz a bíblia porque em nenhum momento a bíblia diz para esperar o anticristo. Outra contradição é que a bíblia fala de um livramento da ira futura, aquela que até João Batista prometeu aos fariseus que não aceitam Cristo dizendo:

E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? (Mateus 3:7).

É fácil perceber o sarcasmo de João significando que é impossível fugir da ira futura sem arrependimento. A igreja se arrependeu e aceitou o Cristo, portanto, a ira futura não é para ela. Como cansou de repetir o apóstolo Paulo aos tessalonicenses. (1Ts 1:10. 2:16. 5:9).

Segundo problema: Se a igreja passa pela grande tribulação, e só é arrebatada na segunda vinda de Cristo, pegando uma carona com ele das nuvens até o monte das Oliveiras. Onde fica a promessa do Senhor Jesus de nos levar para morar na casa do pai onde há muitas moradas? (Jo 14:1-3).

Sabemos pelo apocalipse que após a segunda vinda de Cristo, já começa o milênio na Terra. Por isso, onde ficam as bodas do cordeiro? Onde e como se cumprirá a promessa de Jesus de participar em uma grande ceia conosco no futuro?

Pois ele prometeu que não beberia vinho novamente, e que não participaria de outra ceia, até que ela se cumpra no reino de Deus. (Lc 22:16-18). E isto só pode ser uma referência a Apocalipse 19:7-9.

Por isso, não é a toa que no livro de Apocalipse capítulo 19, primeiro fala das bodas do cordeiro no céu, para só depois falar da segunda vinda de Cristo e do milênio.

Concluímos pois que, devido o propósito da grande tribulação ser desanexado da igreja, e dos eventos que seguem a segunda vinda serem conclusivos não incluindo qualquer ceia ou bodas, e do fato dos apóstolos exortarem a igreja a esperar Cristo, não uma tribulação, mas o Cristo e da sequência de eventos no apocalipse, como da ausência da igreja nos capítulos tribulacionais (Ap 6 ao 18); Logo o arrebatamento é iminente. Pode ser hoje. Jesus breve vem. Mil vezes maranata.

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