A Salvação na páscoa judaica, é a lição que estudaremos está semana. A páscoa judaica era uma festa em que os israelitas lembravam o modo milagroso que Deus se utilizou para libertar seu povo.
I – A Instituição da Páscoa
1 – O Livramento Nacional.
Para os Israelitas esta festa representava a libertação, de um povo que vivia oprimido e partiram para a terra prometida, como diz a palavra de Deus em: (Ex 12:1-13)
“E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.
Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará a tarde.
E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.
E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
Assim pois o comereis:
Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.
E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.
E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. ”
2 – A Libertação da Escravidão
Os israelitas viveram por aproximadamente 450 anos no Egito sendo escravos e vivendo sobre o pesado julgo egípcio,
o povo clamou a Deus e o Senhor os ouviu trazendo a libertação e os conduzindo para a terra prometida.
(Ex 6:5) “E também tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios fazem servir, e lembrei-me da minha aliança.”
Deus finalmente ouve o clamor do seu povo e lembra-se da aliança que havia feito com seus pais.
3 – A Nova Celebração Judaica.
Deus instituiu a celebração da Páscoa judaica e ela passou a ser a nova festa dos Israelitas. Está festa era para lembrar a fuga do Egito.
“E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida.
O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.” (Êxodo 12:39,40).
II – O CORDEIRO DA PÁSCOA
1 – O Cordeiro no Antigo Testamento.
O cordeiro era uma parte fundamental no Antigo Testamento, para os sacrifícios oferecidos na remissão dos pecados.
Para oferecer o sacrifício os sacerdotes, todos deveriam observar alguns detalhes: o cordeiro não poderia ter mancha, não poderia estar doente nem ter uma pata quebrada etc.
(Nm 6:14) “E ele oferecerá a sua oferta ao Senhor, um cordeiro sem defeito e de um ano em holocausto, e uma cordeira sem defeito de um ano para expiação do pecado, e um carneiro sem defeito por oferta pacífica;”
todas estas exigência apontavam para Cristo o cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo.
2 – Jesus, o Verdadeiro Cordeiro Pascal.
A nossa páscoa é lembranda de como Deus substituiu os sacrifícios temporários do Antigo Testamento por um único e definitivo.
(Ap 13:8) “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”
Por esta razão, a páscoa deve ser lembrada pelo o que Jesus fez por nós na cruz do Calvário.
III – O SANGUE DO CORDEIRO
1 – O Significado do Sangue.
O livro de Genesis é o primeiro que aborda o sacrifício (Gn 3.21; 1-7). Para lidar com os problemas do pecado era necessário o sacrifício de animais.
O sacrifício era oferecido para expiação dos pecados do transgressor, e este perdoado, e assim poderia manter sua relação com Deus.
O maior símbolo deste ritual era o sangue, quena bíblia, representa vida. Assim, a vida sendo derramada no sacrifício resgatava a paz com Deus (Lv 17:11; Hb 9:23-28).
2 – O Sangue do Cordeiro Pascal.
Quando Faraó se negou a libertar o povo hebreu antes do início da última praga, Deus ordenou aos judeus que preparassem um cordeiro para cada família (Êx 12:3; 12:7).
Esta orientação protegeu e conservou o primogênito dos israelitas com vida.
(Êx 12:13) “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.”
3 – O Sangue da Nova Aliança.
Jesus afirmou que seu sangue era o símbolo da nova aliança. Ele fez afirmação maravilhosa dizendo que ao mesmo tempo em era o cordeiro, também era o sacerdote, sendo assim o sacrifício e o oficiante (Lc 22:14-20).
Por isso Cristo é o mediador da nova aliança, que através do seu sangue redime ao que crer (Hb 12:24).
“E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.”
CONCLUSÃO
A Páscoa para os Judeus é a lembrança da ação que Deus usou para salvar seu povo. Para nós, cristãos, é a lembrança da ação redentora de Jesus que foi usada para salvar a humanidade.
Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro mudo que veio tirar o pecado do mundo, o único e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi completo.
Por isso, quando lembramos ou lemos sobre à Páscoa judaica, devemos nos comemorar e nos alegrar com a Nova Aliança.
Hoje, somos filhos de Deus através da nova e perfeita aliança com o sangue do cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
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